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Município de Maceió pede prazo até 22 de fevereiro para propor pagamento de auxílio alimentação a rodoviários

Com a possibilidade de obterem uma resposta concreta, trabalhadores decidiram adiar movimento grevista; Ministério Público do Trabalho pede uma solução urgente para o impasse

Maceió/AL – O Município de Maceió pediu um prazo, até o dia 22 de fevereiro, para apresentar uma resposta sobre a possibilidade de adiantar o pagamento do tíquete alimentação aos rodoviários que atuam no transporte coletivo da capital. Esse foi um dos resultados da audiência de mediação realizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), na manhã desta quarta-feira (10), com o objetivo de solucionar o impasse sobre o pagamento de benefícios aos trabalhadores e evitar uma consequente greve no transporte público.

O pedido foi feito pelo procurador-geral do Município, João Lobo, que reconheceu a dificuldade econômico-financeira das empresas e a importância do pleito dos rodoviários, e afirmou que buscará com o secretário de finanças uma alternativa que permita às empresas permanecerem pagando o benefício aos trabalhadores. Em reunião realizada no Ministério Público Estadual (MPE), na última segunda-feira (8), foi sugerida uma compra antecipada de vale transportes como forma urgente de solucionar inicialmente o problema.

“Diante da grave situação econômica vivida pelas empresas e dos enormes prejuízos causados aos trabalhadores com a perda do tíquete alimentação e do plano de saúde, que representam cerca de um terço da remuneração destes empregados, nós pedimos que o Município de Maceió apresente uma solução urgente para o problema. Não podemos aceitar que todo o ônus recaia sobre os mais de dois mil e quinhentos rodoviários e suas famílias”, afirmou o procurador Luiz Felipe dos Anjos.

O procurador Luiz Felipe e o procurador-chefe Rafael Gazzaneo compreenderam o adiamento da audiência, considerando a possibilidade de o município apresentar uma solução concreta para o impasse. Os procuradores também entenderam ser compreensível a prorrogação das discussões, em razão de o pagamento do tíquete alimentação ser programado para o dia 15 e a possibilidade do auxílio saúde – outro benefício reivindicado pelos rodoviários – ser prorrogado com a administradora do plano.

Prazo foi solicitado pelo Município de Maceió durante audiência nesta quarta-feira, 10 (Reprodução/Microsoft Teams)
Prazo foi solicitado pelo Município de Maceió durante audiência nesta quarta-feira, 10 (Reprodução/Microsoft Teams)

Com a possibilidade de obter uma solução concreta para o impasse, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (Sinttro/AL) concordou com a designação de uma nova audiência e com o adiamento da greve, mas informou que, se não houver uma solução concreta para manter os pagamentos do auxílio alimentação e do plano de saúde, a categoria deve confirmar a paralisação para o dia 23 deste mês.

Já o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros (Sinturb/Mac) voltou a afirmar que as empresas de ônibus não têm dinheiro suficiente para arcar com qualquer custo no momento, e que não há como se comprometer sem um subsídio concreto proposto pelo município. Os rodoviários chegaram a propor que as empresas custeassem, com o atual aceno do município, apenas o tíquete alimentação até o dia 15 deste mês, como forma de compensação para o adiamento da greve após o carnaval.

Na próxima audiência de mediação, marcada para 22 de fevereiro, às 14h, o MPT aguarda que o Município de Maceió apresente uma solução urgente para as demandas dos trabalhadores. O Ministério Público do Trabalho também aguarda que o município conclua um estudo técnico do sistema – que deve ser finalizado em aproximadamente 37 dias - e apresente, após esse prazo, uma saída definitiva de subsídio ou outro aporte que permita às empresas manterem o pagamento dos benefícios aos rodoviários.

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