Sindicato dos enfermeiros denuncia defasagem salarial ao Ministério Público do Trabalho
Segundo categoria, estabelecimentos de saúde estão com duas datas bases atrasadas e não apresentaram nenhuma proposta de convenção coletiva aos enfermeiros; piso salarial dos profissionais em Alagoas é de R$ 1.650,00, para uma jornada de até 40 horas semanais
Maceió/AL – O Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Alagoas (Sindhospital) deve apresentar ao Ministério Público do Trabalho (MPT), no prazo de 15 dias, uma proposta para reajustar o piso salarial dos enfermeiros alagoanos, que, atualmente, é de R$ 1.650,00 para uma jornada que pode chegar a 40 horas semanais. O Sindicato dos Enfermeiros (Sineal) solicitou a mediação do MPT para tentar resolver o impasse, após denunciar que os profissionais estão com duas datas bases de negociação salarial atrasadas.
Em audiência realizada nesta terça-feira, 7, com o procurador do Trabalho Rodrigo Alencar, o sindicato dos enfermeiros afirmou que há duas datas bases em atraso – janeiro de 2016 e janeiro de 2017 –, e que, até o momento, o sindicato patronal não apresentou nenhuma proposta para dar andamento à Convenção Coletiva dos profissionais. Segundo o Sineal, a baixa remuneração dos enfermeiros é paga por hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do interior, além de unidades hospitalares de pequeno porte da capital, a exemplo do Hapvida.
O Sineal denunciou a defasagem salarial dos enfermeiros ao Ministério Público do Trabalho em janeiro deste ano, quando informaram que tentaram estabelecer um canal de negociação com o Sindhospital ao longo de todo o ano de 2016, mas não obtiveram êxito – o reajuste deveria ter sido corrigido em 1º de janeiro de 2016. Segundo o sindicato, cerca de 10 mil enfermeiros estão sendo prejudicados com a desvalorização salarial.
O Sindhospital deve apresentar a proposta de reajuste salarial durante audiência no Ministério Público do Trabalho, marcada para o dia 27 de março, às 8h30.
Representantes do sindicato dos enfermeiros participaram de audiência, nesta terça-feira (07), com o procurador do Trabalho Rodrigo Alencar. (Foto: Rafael Maia/Ascom MPT)