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Ministério Público do Trabalho destaca importância do Prêmio Braskem SST como fomentador da prevenção

Procuradora destaca que premiação busca conscientizar a sociedade a exigir direitos e buscar um ambiente de trabalho mais digno

Maceió/AL – A Braskem, o MPT em Alagoas, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego e o Sindjornal receberam diversos profissionais da imprensa, no dia 30 de abril, para a terceira edição do Prêmio Braskem de Saúde e Segurança no Trabalho. O Ministério Público do Trabalho, como instituição que defende a busca constante de um meio ambiente seguro, ressalta que a premiação é de grande importância ao incitar a sociedade a ser consciente da ideia da prevenção.

A iniciativa do MPT, por intermédio do procurador Rodrigo Alencar - em parceria com os órgãos conjuntos - em premiar jornalistas, ao incentivá-los a produzir conteúdo voltado diretamente a situações que retratam a segurança e saúde nas relações de trabalho é, segundo a procuradora-chefe do MPT em Alagoas, Adir de Abreu, necessária para que a classe trabalhadora tenha conhecimento dos males causados por um meio ambiente de trabalho degradante e tenha voz ativa para exigir seus direitos. “Ao ler ou assistir a reportagens que tratam de irregularidades no trabalho, as pessoas percebem o quanto a falta de condições dignas nas empresas leva o empregado à exaustão. Infelizmente, ainda registramos muitos casos de afastamentos por problemas de saúde e inúmeros acidentes, mas os casos devem servir de estímulo para que empregados busquem um ambiente de trabalho mais digno”, disse Adir.

Uma das reportagens vencedoras do Prêmio SST deste ano, de autoria dos profissionais Lucas Malafaia, Gésia Melheiros e Celso Luiz (TV Pajuçara), mostrou a realidade do trabalho dos coveiros em Maceió e a rotina perigosa a que são submetidos diariamente os profissionais. “São reportagens como essa que dão a dimensão de como a atividade insalubre e perigosa expõe trabalhadores de todo o país ao risco de doenças e acidentes, todos os dias. O Ministério Público, os órgãos parceiros e a sociedade devem ser fiscalizadores constantes de qualquer prática que seja danosa à dignidade do trabalhador”, concluiu Adir.

Foco na prevenção

A procuradora destaca que a sociedade precisa compreender que o objetivo principal do Ministério Público do Trabalho é solucionar conflitos entre empregado e empregador com ações de prevenção, por meio da realização de mediações e da assinatura de Termos de Ajustamento de Conduta. Quando não há solução, entretanto, segundo Adir, é preciso buscar meios judiciais para reparar os danos, mas, independentemente do meio de atuação utilizado, a população precisa exercer seu direito de cidadão e contribuir com o trabalho do MPT.

Há diversas formas de denunciar irregularidades trabalhistas no MPT em Alagoas. Se o empregado está com salários atrasados, não recebeu férias, FGTS, 13º salário, trabalha além do limite da jornada permitida, está sofrendo humilhações que podem caracterizar assédio moral ou está trabalhando de forma desumana, dentre várias outras irregularidades existentes no mundo do trabalho, basta ligar para 2123-7900, fazer a denúncia pelo site www.prt19.mpt.mp.br ou comparecer pessoalmente ao MPT, em Maceió ou Arapiraca. As denúncias podem ser feitas de forma anônima – o sigilo da identidade do denunciante é garantido.

Para facilitar o envio de denúncias, o trabalhador também pode utilizar o celular. O aplicativo MPT Pardal, disponível para Smartphones com as plataformas Android e IOS, permite que o usuário envie vídeos, fotos e gravações de áudio das irregularidades de forma imediata para o MPT. Pelo celular, a denúncia também pode ser feita de forma anônima.

Dados

De janeiro de 2010 a abril deste ano, o Ministério Público do Trabalho em Alagoas recebeu mais de 11 mil denúncias de irregularidades trabalhistas. Desse número, cerca de 2400 denúncias são de condições no meio ambiente de trabalho. O Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) calculou que, em 2013, cerca de 6800 trabalhadores foram vítimas de acidentes de trabalho em Alagoas.

Prêmio Braskem SST

A 3ª edição do Prêmio Braskem de Saúde e Segurança no Trabalho premiou profissionais em oito categorias. Na categoria reportagem especial, Maria Maciel, Kelly Cordeiro e Wellinton Soares, da TV Pajuçara, receberam o 1º lugar pela reportagem “(In)válidos para o mercado”. O jornalista Marcelo Alves, do jornal O Dia Alagoas, recebeu o 2º lugar pela reportagem “Jornada nas estradas: atropelando o cansaço”. E, na terceira colocação, Thiago Correia, José Pereira, Esther Carvalho e Romildo Soares venceram com a reportagem “O mal do século”.

Na categoria jornal impresso/texto, foram premiados Iracema Ferro (1º lugar), do jornal O Dia Alagoas, como o trabalho “Assédio Moral: o acidente invisível que coloca em risco saúde física”; Maurício Gonçalves (2º lugar), da Gazeta de Alagoas, com a reportagem “Nove em cada dez acidentes de trabalho ficam ocultos”; e Severino Carvalho (3º lugar), com o trabalho “Os desafios dos ‘cabras de peia’.

No quesito jornalismo impresso/fotografia, Eduardo Leite, do jornal O Dia Alagoas, levou o 1º lugar com o trabalho “Alta tensão”. Já Dárcio Monteiro, do jornal Gazeta de Alagoas, recebeu o 2º lugar com a fotografia “Acidentes de trabalho”.

Na reportagem de TV, o trabalho “Coveiros: rotina perigosa” garantiu o primeiro lugar à Lucas Malafaia, Gésia Malheiros e Celso Luiz, da TV Pajuçara. Sabrina Scanoni, Rosa Ferro e Fabyane Almeida, da TV Alagoas, levaram o 2º lugar com a reportagem “De patrimônio imaterial de Alagoas à exploração de catadores de sururu e marisqueiras: a triste realidade na extração do marisco”. E, em 3º lugar, Edson Moura, Henrique Moura, Maria Maciel e Esther Carvalho, da TV Pajuçara, foram premiados com a reportagem “Olhos do descaso: aumenta o número de lesões oculares por falta do uso de EPI’s”.

Já na categoria reportagem cinematográfica, Henrique Moura, da TV Pajuçara, levou o 1º lugar pelo trabalho “Olhos do descaso: aumenta o número de lesões oculares por falta do uso de EPI’s”. Celso Luiz, da TV Pajuçara, recebeu o 2º lugar pelo trabalho “Coveiros: rotina perigosa”; e José Agatângelo, da TV gazeta, recebeu o 3º lugar pelo trabalho “Edifício Brêda: meio século de abandono”.

Na categoria webjornalismo, foram premiados: Thiago Gomes e Jobson Barros (1º lugar), da Gazetaweb, com a reportagem “Precariedade em órgãos públicos impede fiscalizações em empresas de Alagoas”; Wanessa Santos e Daniele Soares (2º lugar), do Correio Notícias, com a reportagem “Bancários enfrentam os desafios trazidos pelos ônus e bônus da profissão”; e Carolina Sanches, do G1 Alagoas, com o trabalho “Falta de profissionais faz aumentar carga de trabalho de carteiros em AL”.

Na categoria Radiojornalismo, receberam os prêmios: Giuliano Porto e Carlos Madeiro (1º lugar), da Rádio Difusora, com o trabalho “Call centers: você pode estar sendo assediado”; Fábio Oliveira, da Rádio Globo (2º lugar), com o trabalho “O Professor é tratado como mercadoria?” ; e, em 3º lugar, foram premiados Alexandre Lino e Marcos Moreira, da Rádio Correio, com o trabalho “A dor do silêncio - exposição ao barulho no ambiente de trabalho que gera perda auditiva irreversível”.

Na categoria estudante, Jann Fillipe Silva e João Victor Daniel, do Cesmac, receberam o 1º lugar pela reportagem “Fome de bola: atleta profissional chega a jogar sem comer para defender seu clube”; em segundo lugar, José Moraes Júnior, da Ufal, foi premiado com a reportagem “Insegurança afeta a saúde dos vigilantes alagoanos”; e, na terceira colocação, Pedro Ferro, da Unit, foi premiado com a reportagem “Por um triz: Vigilantes enfrentam perigos para proteger patrimônios”.

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